Já está disponível o Documento de Referência
 para Guias de Boas Práticas Nutricionais, que apresenta modelo para 
elaboração de guias específicos para preparo de alimentos. O documento 
contempla as etapas críticas do preparo do alimento a serem controladas 
sob o ponto de vista nutricional, os ingredientes empregados na 
formulação, suas funções e a composição nutricional do produto.
O
 Guia de Boas Práticas Nutricionais poderá ser destinado a um alimento 
específico ou a um serviço de alimentação. As Boas Práticas (BPN) são 
medidas que visam orientar os serviços de alimentação (estabelecimento 
onde o alimento é manipulado, preparado, armazenado e/ou exposto à 
venda) na preparação de alimentos com menores teores de açúcar, gordura 
trans, gordura saturada e sódio, contribuindo para uma alimentação mais 
saudável.
As
 BPNs surgiram a partir da necessidade de melhoria do perfil nutricional
 dos alimentos. O sódio, por exemplo, contribui para o aparecimento das 
Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT), como a pressão alta, doenças
 cardiovasculares e doenças renais que, atualmente, são um dos 
principais problemas de saúde pública do Brasil.
De
 acordo com recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS), a 
redução do consumo de sal para 5 gramas/dia, diminuiria em 10% a pressão
 arterial da população brasileira, em 15% os óbitos por acidente 
vascular cerebral e em 10% nos óbitos por infarto. Com essa redução, 1,5
 milhão de brasileiros não precisariam de medicação para hipertensão e a
 expectativa de vida dos hipertensos seria aumentada em até quatro anos.
“A
 adoção das BPNs é voluntária e é importante que os serviços de 
alimentação participem desse processo e, assim, contribuam para uma 
população brasileira mais saudável”, ressaltou Denise de Oliveira 
Resende, Gerente-Geral de Alimentos.
Pão francês
O
 pão francês foi o primeiro alimento a ter um Guia de Boas Práticas 
Nutricionais. Esse alimento é um dos que mais contribui para a ingestão 
de sódio pela população, pois é tradicionalmente consumido no café da 
manhã e, às vezes, no lanche.
Segundo
 dados da Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) do Instituto 
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada nos anos de 2008
 e 2009, a média de consumo diário per capita de pão de sal é de 
53g/dia, ou seja, valores próximos a 50g/dia, que é o correspondente a 
uma unidade de pão francês.
O Guia de Boas Práticas Nutricionais para Pão Francês
 visa orientar os serviços de alimentação, em especial as padarias. O 
documento incentiva a redução da quantidade de sal utilizada durante o 
preparo, contribuindo para a oferta de um pão mais saudável à população 
brasileira.
A
 meta é reduzir, progressivamente, a quantidade de sódio adicionada ao 
Pão Francês, até chegar ao total de 10% em 2014. Assim, uma unidade de 
pão francês (50g) que, em 2011, tem em média 320 mg de sódio, terá 304 
mg em 2012 e 289 mg em 2014.
“É
 importante que a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação 
(Abia), a Associação Brasileira das Indústrias de Massas Alimentícias 
(Abima), a Associação Brasileira da Indústria de Trigo (Abitrigo) e a 
Associação Brasileira da Indústria de Panificação e Confeitaria (Abip), 
que assinaram o Termo de Compromisso para redução de sódio nos alimentos
 com o Ministério da Saúde, em 13 de dezembro de 2011,  divulguem esse 
documento, de forma a alcançar  a meta de redução do sódio do pão 
francês”, lembrou Denise de Oliveira Resende.
Fonte: ANVISA 

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